Pesquisa Webgráfica em Periódicos da Área de Educação Física


Ao desenvolver uma pesquisa webgráfica em periódicos relacionados à área de Educação Física foram selecionados artigos, dissertações e teses com a seguinte vertente: Exercício Físico nas Aulas de Educação Física, os quais serão listados a seguir:





ARTIGOS

Título: A educação física na escola e o processo de formação dos não praticantes de atividade física
Resumo: O objetivo do presente estudo foi verificar as origens e as razões pelas quais os alunos se afastam da prática da atividade física regular analisando o universo da Educação Física na escola. Especificamente procurou-se: a) levantar o número de dispensados das aulas de Educação Física na escola; b) investigar as opiniões dos alunos a respeito das aulas de Educação Física e como elas se modificam ao longo dos ciclos escolares; c) verificar quando os alunos iniciam o afastamento das aulas de Educação Física escolar e da prática da atividade física fora da escola; e d) levantar informações do porque ocorre o afastamento dos alunos nas aulas de Educação Física. Os dados foram coletados a partir da aplicação de um questionário contendo 14 questões a 1.172 alunos divididos entre a 5a. e 7a. série do Ensino Fundamental e 1o. ano do Ensino Médio da rede pública estadual de Rio Claro. Os resultados indicaram que há um progressivo afastamento dos alunos das aulas de Educação Física e da prática da atividade física fora da escola, além de um aumento do número de alunos que não frequentam/participam/apreciam as aulas regularmente
Palavras-chave: Educação Física na escola; Aderência; Evasão das aulas.
Referência
DARIDO, S. C. A educação física na escola e o processo de formação dos não praticantes de atividade física. Revista Brasileira de Educação Física e Esportes, São Paulo, v. 18, n. 1, p. 61-80, 2004.


Título: Efeitos da atividade física sistemática sobre o desempenho motor de crianças pré-escolares
Resumo: O objetivo desta investigação foi avaliar e comparar o desempenho motor de pré-escolares praticantes e não-praticantes de atividade física sistemática. Participaram do estudo 88 crianças (52 praticantes e 36 não-praticantes), com idades entre quatro e seis anos, matriculadas em turmas de Jardim de Infância de cinco escolas de Porto Alegre/RS. Foi aplicado um questionário para verificar o nível de atividade física das crianças; e, para a análise do seu desempenho motor foi utilizado o Test of Gross Motor Development – Second Edition (TGMD-2), de Ulrich (2000). Os resultados evidenciaram que, embora ambos os grupos tenham exibido desempenho motor abaixo do esperado para a sua idade, os praticantes apresentaram desempenho superior ao de não-praticantes em habilidades locomotoras, de controle de objetos e no coeficiente motor amplo.
Palavras-chave: Atividade física. Desempenho motor. Crianças.
Referências
PALMA, M. S.; CAMARGO, V. A.; PONTES, M. F. P. Efeitos da atividade física sistemática sobre o desempenho motor de crianças pré-escolares. Revista da Educação Física/UEM, v. 23, n. 3, p. 421-429, 3, 2012.


Título: Imagem corporal, aspectos nutricionais e atividade física em estudantes de uma escola pública
Resumo: OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar o nível de satisfação com a imagem corporal e sua relação com o estado nutricional, nível de atividade física, hábitos alimentares e conhecimento nutricional de 175 estudantes da 5ª a 8ª série de escola pública em Santa Maria, RS, Brasil. MÉTODOS: Foram aplicados questionários referentes à satisfação com a imagem corporal, ao conhecimento nutricional, aos hábitos de alimentação e de atividade física dos alunos. Verificou-se a massa corporal e a estatura para calcular o estado nutricional. O primeiro teste foi realizado em abril e o segundo em dezembro, ambos em 2011. Aplicou-se o Teste Qui-quadrado de Pearson e o Teste de Correlação de Spearman. O nível de significância foi de 5%.  RESULTADOS: Os alunos do sexo masculino representaram 50,9% e os do sexo feminino, 49,1%. No sexo masculino, não houve correlação significativa entre a imagem corporal e nenhuma das variáveis no primeiro teste; no segundo teste a imagem corporal correlacionou-se com o estado nutricional (r=0,592, p<0,01). Para o sexo feminino, no primeiro teste a imagem corporal correlacionou-se com o estado nutricional (r=0,301, p<0,01)e com o conhecimento nutricional (r=0,290, p<0,01); no segundo teste manteve sua correlação com o estado nutricional (r=376, p<0,01) e com o conhecimento nutricional (r=0,257, p=0>,024) e, ainda, com o nível de atividade física (r=0,251, p=0,036).CONCLUSÃO: O nível de satisfação com a imagem corporal diminuiu à medida que aumentou o estado nutricional. Especialmente nas meninas, quando insatisfeitas, apresentaram maior nível de conhecimento nutricional e quando satisfeitas, engajaram-se em mais atividade física. 
Palavras-chave: imagem corporal, nutrição do adolescente, exercício, promoção da saúde.
Referência
ROSSI, D. S. et al. Imagem corporal, aspectos nutricionais e atividade física em estudantes de uma escola pública. Adolescência & Saúde, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 36-44, 2013.


Título: Atividade física, diabetes e obesidade nas aulas de educação física: percepções de escolares do 7° ano
Resumo: Este estudo procurou compreender como se configura a tríade Atividade Física, Diabetes e Obesidade em relação à saúde nas aulas de Educação Física escolar, a partir da ótica de alunos. O estudo envolveu 15 escolares, de ambos os sexos, do 7º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede estadual de ensino do município de Alegrete (RS). Foi utilizado um questionário em dois momentos, antes e depois de uma intervenção pedagógica com duração de vinte horas/aula no total. Durante o período de intervenção, as aulas teóricas predominaram e envolveram apresentação de vídeos e temas relacionados obesidade, diabetes e atividade física. Os resultados demonstraram que os alunos não mostraram diferenças significativas nas respostas em ambos os testes para o diabetes. Sobre a obesidade, os alunos apresentaram um conceito mais claro e adequada ao final do período. Para os fatores de risco associados à obesidade, inicialmente houve uma maior concentração de respostas que a relacionavam com a má alimentação e o sedentarismo. Em seguida, foi possível identificar uma distribuição mais ampla quanto aos diferentes fatores de risco. Assim, pudemos identificar que entre os alunos houve uma associação entre a atividade física e a prevenção de doenças, em especial o diabetes e a obesidade.
Palavras-chave: Atividade física; Diabetes; Obesidade; Escolares.
Referência
VIEIRA, M. J. I.; JESUS, R. F.; COPETTI, J. Atividade física, diabetes e obesidade nas aulas de educação física: percepções de escolares do 7° ano. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 12, n. 1, p. 85-93, 2014.


Título: Aptidão física e saúde na educação física escolar: ampliando o enfoque
Resumo: A prática regular e bem orientada do exercício físico pode ser vista como uma contribuição importante para a saúde. Com base nessa relação positiva entre exercício e saúde surge, em meados da década de 80, o movimento da “‘Aptidão Física Relacionada à Saúde” (AFRS) para a educação física escolar. Esse movimento, que advoga a ideia da aptidão para toda a vida e a construção de estilos de vida ativa nas pessoas, visa a contribuir para a melhoria da saúde e da qualidade de vida da população. Embora esse movimento possa ser considerado um avanço em relação ao que vem sendo ensinado na educação física escolar, ele não está isento de críticas. Dentre as principais críticas, estão a ideia de causalidade entre exercício e saúde e o caráter eminentemente individual de suas propostas, o que concorre para a culpabilização da vítima. Como forma de superar essas lacunas, discutimos a necessidade de a AFRS considerar o caráter multifatorial da saúde, incorporando os determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais do exercício, da aptidão física e do desporto. A compreensão da influência desses fatores na adesão ao exercício físico por parte dos alunos, seria, a nosso ver, o grande papel da educação física escolar.
Palavras-chave: Saúde; Aptidão Física; Aptidão Física Relacionada à Saúde; Educação Física Escolar.
Referência
FERREIRA, M. S. Aptidão física e saúde na educação física escolar: ampliando o enfoque. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 22, n. 2, p. 41-54, 2001.


Título: Atividades Físicas de aventura: proposta de um conteúdo na educação física escolar no ensino fundamental
Resumo: Este estudo teve como objetivo verificar a aplicação das Atividades Físicas de Aventura como mais um conteúdo da Educação Física Escolar, dentro do Ensino Fundamental. A pesquisa foi construída com coleta de dados em três escolas da rede pública de ensino de Campinas (SP), através de aulas aplicadas ao 5º ano, aplicando as modalidades Arvorismo, Skate e Patins, Le Parkour e Corrida de Orientação, questionário semi-estruturado e análise de imagens das vivências. Ao analisarmos os resultados, verificamos grande aceitação dos conteúdos, por parte dos alunos, mesmo com estruturas adaptadas e material restrito. Concluímos que é possível desenvolver as Atividades Físicas de Aventura nas aulas de Educação Física Escolar, com pequenas adaptações na estrutura física comum das escolas, superando barreiras que o senso comum impõe para esse tipo de conteúdo no ambiente escolar.
Palavras Chave: Educação Física Escolar; Atividades Físicas de Aventura; Ensino Fundamental.
Referência
FRANCO, L. C. P. et al. Atividades Físicas de aventura: proposta de um conteúdo na educação física escolar no ensino fundamental. ARQUIVOS em MOVIMENTO, Rio de Janeiro, v.7, n.2, p.18-35, 2011.


DISSERTAÇÕES

Título: Participação nas aulas de educação física e prática de atividade física habitual com o atendimento de critérios de aptidão física relacionada à saúde em escolares
Resumo: O objetivo desse estudo foi verificar a associação entre participação nas aulas de Educação Física e prática de atividade física com o atendimento dos critérios de saúde em escolares. O estudo envolveu 780 escolares de ambos os sexos (386 do sexo masculino e 394 do sexo feminino), matriculados na rede estadual de ensino da cidade de Londrina PR. Todos os participantes responderam a um questionário a fim de ser obter informações acerca da atividade física habitual, aulas de Educação Física e condição socioeconômica. Além disso, foram realizados os testes de aptidão aeróbia (PACER Progressive Aerobic Cardiovascular Endurance Run) e força muscular (Push-up). As medidas de estatura e massa corporal foram coletadas para avaliar o Índice de Massa Corporal (IMC). A Pressão arterial foi medida por meio de um aparelho oscilométrico Omron HEM 742, utilizando um manguito de acordo com o tamanho do braço do avaliado. Os participantes foram categorizados em três grupos: Grupo que participa apenas das aulas de Educação Física, Grupo que pratica atividade física <7h/semana e Grupo que pratica atividade física &#8805;7h/semana. Todas as variáveis dependentes foram analisadas de acordo com o critério de saúde de cada uma. A análise estatística foi realizada por meio do teste de Qui-Quadrado para tendência seguido da Regressão de Poisson. No atendimento do critério de saúde para aptidão aeróbia, a razão de prevalência ajustada foi 73% maior (RP=1,73, IC95% 1,33 2,26) nos praticantes de atividade física &#8805; 7h/semana quando comparado aos que participam apenas das aulas de Educação Física. Para a força muscular, o atendimento do critério de saúde na análise ajustada foi 41% (RP=1,41, IC95% 1,13 1,75) superior. Com relação à atividade física na escola, a razão de prevalência ajustada foi 25% (RP=1,25, IC95% 1,07 1,49) superior. Para a atividade física no lazer, foi verificada razão de prevalência ajustada 156% maior (RP=2,56, 2,04 3,21) nos que atendem a recomendação de atividade física moderada a vigorosa semanal. O IMC e a pressão arterial elevada não apresentaram associação com a prática de atividade física quando incluídas na regressão de Poisson (P>0,05). A quantidade semanal recomendada de atividade física está associada ao atendimento dos critérios de saúde para a aptidão aeróbia, força muscular, atividade física na escola e no tempo livre em escolares, tendo como referência os que realizam apenas aulas de Educação Física. Para o IMC e pressão arterial elevada não foram encontradas associações com a prática de atividade.
Palavras-chave: Aptidão Física. Atividade Física. Sobrepeso. Pressão Arterial
Referência
COLEDAM, D. H. C. Participação nas aulas de educação física e prática de atividade física habitual com o atendimento de critérios de aptidão física relacionada à saúde em escolares. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2013.

Título: Interdependência entre a participação em aulas de educação física e os níveis de atividade física de jovens brasileiros
Resumo: A Educação Física, além de seu tradicional valor educacional, obteve destaque por seu fundamental papel na prevenção, manutenção e promoção da saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade, a elevação da expectativa de vida da população e no combate à inatividade física – uma das principais causas de morte no mundo (LEE et al., 2012) – que precisa ser realizado em todas as faixas etárias. O presente estudo tem como objetivos descrever o percentual de escolares que tiveram duas ou mais aulas de Educação Física na última semana e verificar a interdependência entre a participação em aulas de Educação Física e os níveis de atividade física de jovens brasileiros através de dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), que tem como público-alvo os escolares do 9º ano do Ensino Fundamental matriculados em escolas públicas e privadas do Ensino Básico brasileiro. A PeNSE é uma pesquisa epidemiológica, de base escolar e foi desenvolvida pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Referente a prática de atividade física foi utilizado um questionário estruturado e autoaplicável, respondido pela amostra (n=60.973, em 2009; n=109.104, em 2012), em coletas de dados realizadas entre março e junho (2009) e abril e setembro (2012). O estudo desta dissertação utilizou os dados da PeNSE de 2009 e 2012 e é caracterizado como uma pesquisa transversal, com por análises transversais e ecológicas (FLORINDO; HALLAL, 2011; THOMAS et al., 2012). A variável dependente é o nível de atividade física (considerados ativos os escolares que alcançam 300+ minutos de atividade física por semana) e a principal variável independente é a participação em aulas de Educação Física. Estatística descritiva foi utilizada para analisar as variáveis demográficas e o coeficiente de correlação de Spearman para avaliar a interdependência entre as variáveis dependente e independente. Aproximadamente 40% dos alunos (2009 e 2012) tiveram duas aulas semanais de Educação Física. Em 2009 os percentuais foram mais elevados, tanto no extremo inferior (Nordeste = 37,7%) como no extremo superior (Sul – 49,8%). Em 2012, o Nordeste foi a região com o menor percentual de escolares que alcançaram 300+ minutos de atividade física por semana (29,5%) e o Sul (37,3%) esteve no extremo oposto. Há predominância da faixa etária de 14 anos, maior percentual de meninas e as dependências administrativas em sua maioria são escolas públicas. Foi encontrada uma forte correlação negativa (rho -0,84; p<0,001 em 2009 e rho -0,81; p<0,001 em 2012) entre não ter participado de aulas de Educação Física nos últimos sete dias e o percentual de estudantes que atingem 300+ minutos por semana de atividade física. Aonde há aula de Educação Física os escolares obtém os maiores níveis de atividade física, equivalente a 300+ minutos por semana. Modificações na legislação criando a obrigatoriedade de três aulas de Educação Física por semana são recomendadas.
Palavras-chave: atividade física;saúde dos escolares;educação física escolar, promoção da saúde na escola.

Referência
SOARES, C. A. M. Interdependência entre a participação em aulas de educação física e os níveis de atividade física de jovens brasileiros. Dissertação ( Mestrado em Educação Física) – Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, 2015.


TESES

Título: Desenvolvimento e avaliação de um questionário baseado na web para avaliar o consumo alimentar e a atividade física de escolares

Resumo: O presente estudo teve o objetivo de desenvolver um questionário para um sistema de monitoramento do consumo alimentar, atividade física e comportamento sedentário de escolares do 2º ao 5º ano baseado na Web - Questionário CAAFE. Trata-se de um estudo de natureza metodológica, envolvendo desde a fundamentação teórico-metodológica do questionário a validação da seção de atividade física. Uma pesquisa formativa foi realizada, utilizando diferentes recursos metodológicos, como: 1) uma pesquisa formativa inicial que incluiu reuniões com profissionais da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, revisão dos instrumentos na literatura científica, grupos focais realizados com professores de Educação Física e nutricionistas, visitas aos laboratórios de informática do sistema escolar; 2) o design e conteúdo da interface incluíram várias fontes de dados como um diário de sete dias preenchido por 180 alunos, os registros dos itens oferecidos na alimentação escolar, alimentos investigados na Pesquisa de Orçamento Familiar, instrumentos prévios e dados dos grupos focais com professores e nutricionistas; 3) a terceira etapa foi composta por duas ondas de testes de usabilidade do software com os usuários finais. Após o delineamento da versão final, foi realizado um estudo de validação e reprodutibilidade da seção de atividade física do instrumento, utilizando-se a observação direta como método de referência. O resultado da pesquisa formativa foi o desenvolvimento de um questionário baseado na Web que fornece informações simultaneamente sobre comportamentos de atividade física e de consumo de alimentos, utiliza diferentes estratégias para ajudar as crianças a se lembrarem do que comeram / fizeram no dia anterior, usa predominantemente a linguagem não textual, é compatível com a tecnologia disponível nas escolas e pode ser respondido de forma autônoma por escolares do 2º ao 5º ano. O questionário apresentou alta sensibilidade para 10 das 19 atividades calculadas, e alta especificidade, variando entre 89,4% a 100%. Concluindo, a versão final do Questionário CAAFE é uma ferramenta fácil e atraente para avaliar o consumo alimentar, atividade física e comportamento sedentário, além de compatível com as habilidades cognitivas de crianças a partir dos sete anos de idade.

Palavras-chave: Palavras-chave: Atividade Física. Consumo Alimentar. Saúde Pública. Questionário. Internet. Validação. Criança.
Referência
COSTA, F.F. Desenvolvimento e avaliação de um questionário baseado na web para avaliar o consumo alimentar e a atividade física de escolares, Tese ( Doutorado em Educação Física) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.

Título: Inatividade física no descolamento e comportamento sedentário em estudantes do ensino médio do Estado de Santa Catarina, Brasil: uma análise comparativa (2001 e 2011)

Resumo: Transições demográficas e socioeconômicas têm demarcado tendências e possibilidades que podem influenciar as prevalências de inatividade física no deslocamento e de comportamento sedentário, ao longo do tempo. Esse estudo analisou as alterações ocorridas na última década (2001 a 2011) na inatividade física no deslocamento à escola e ao trabalho (ônibus/carro/moto) e no comportamento sedentário (tempo de TV; computador ou videogame), assim como os fatores demográficos e socioeconômicos associados. Trata-se de um levantamento epidemiológico de abrangência estadual e base escolar, vinculado ao projeto “Estilo de vida e comportamentos de risco de jovens catarinenses – COMPAC II”, realizado em 2001 (n= 5.028) e 2011 (n= 6.529), com estudantes do ensino médio (15-19 anos de idade) de escolas estaduais de Santa Catarina. Na estatística analítica foi utilizada regressão de Poisson (bruta e ajustada) e regressão logística multinomial ajustada. A prevalência de inatividade física no deslocamento à escola foi de 43,7% (IC95%: 38,5; 48,9%) em 2001, e 48,7% (IC95%: 43,0; 54,3%) em 2011, e foi maior nos jovens de áreas rurais e nas moças de famílias com maior renda; a inatividade física no deslocamento para ir ao trabalho foi de 33,9% em 2001 (IC95%: 29,4; 38,3) e 38,5% (IC95%: 34,2; 42,8) em 2011, e foi maior entre as moças de 18-19 anos e os jovens de famílias de maior renda. Apesar de se ter observado um declínio na prevalência de assistência à TV por duas horas ou mais por dia, de 76,8% (IC95%: 73,7; 79,8) para 61,5% (IC95%: 59,7; 63,3), verificou-se aumento no uso de computador/videogame, de 37,9% (IC95%: 34,8; 41,1) para 60,6% (IC95%: 57,1; 64,1). A assistência à TV foi maior nos jovens que não trabalhavam e, menor entre as moças mais velhas e que estudavam à noite, enquanto o uso de computador/videogame foi maior nos jovens de famílias com maior renda e nos rapazes que residiam em áreas urbanas. Portanto, conclui-se que a inatividade física no deslocamento permaneceu estável; houve diminuição no tempo de TV e aumento do uso do computador/videogame de 2001 para 2011. Essas informações poderão subsidiar ações para reduzir comportamento sedentário e possibilitar escolhas de modos de viver mais saudáveis.

Palavras-chave: Atividade física. Estilo de Vida Sedentário. Saúde do Adolescente. Fatores de Risco. Estudantes.

Referência

SILVA, K. S. Inatividade física no descolamento e comportamento sedentário em estudantes do ensino médio do Estado de Santa Catarina, Brasil: uma análise comparativa (2001 e 2011), Tese (Doutorado em Educação Física) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.




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